sábado, 2 de julho de 2011

carpe somnium [11]


Passo às ameixas. Estão maduríssimas e escorrem pela boca e pelas mãos, pingam na roupa.
Pergunto o que é que estão a fazer vestidos e sugiro que comecem por despir a menina. Ela também não está assim tão vestida, mas é divertido ver como os dois se amanham, à procura da ponta para a desembrulhar. Uma vez despida, e besuntada com fruta é lambida de alto abaixo. Ui… que maravilha! E é a vez dos meninos serem despidos. Como irão agora comportar-se os machos? Ok, ok, vou deixar-me de merdas e limitar-me a relatar no meu próprio estilo, mas é viciante. Primeiro o cão, o meu amor ajuda a despi-lo. Noto alguma falta de jeito que roça a má vontade. Logo a seguir o meu amor, e o cão age da mesma forma seca, o mais rapidamente possível, tocando o mínimo possível. E agora, como vai ser com a fruta? É que para tornar as coisas um pouco mais complicadas, eles têm pêlos… e para fruta com pêlos, chega os pêssegos.
- E se vos fizéssemos uma depilaçãozinha no peito, pode ser?
- Com cera? Nem penses – diz o cão.
- Então se for com lâmina? – depois de alguma hesitação, ambos concordam. A Ângela retira a venda para me assistir e vamos todos para a banheira. É uma banheira enorme, de hidromassagem.
Espalhamos o gel, eu no meu amor, ela no cão. Depois trocamos e com precisão e destreza, fazemos deslizar as lâminas. Contornamos os mamilos, fazemos um trabalhinho limpo e perfeito. Estão os dois lisinhos, prontos para ser besuntados com fruta. Corto o melão, pedaços de manga, papaia e abacaxi. Eu também me junto à festa, e também estou vendada. De facto, vejo muito melhor assim. Sinto a diferença de temperatura dos corpos, oiço os diferentes respirares, as vozes tornam-se mais distintas. Apesar de todos saberem a fruta, cada um empresta o seu sabor ao fruto que passa pelo seu corpo, tornando o paladar único e irrepetível. Cada dentada é uma degustação absolutamente sublime. Faço questão de lambuzar e amassar cada um até ficarmos todos bem pegajosos e a precisar de um banho, um belo banho de língua. Mordisco mamilos com morango, provo banana com menina. Sinto alguma fruta a querer entrar no meu sexo e provo para saber o que é. A textura, o cheiro e o sabor não enganam – é uva na vulva! Aproximo e lambuzo os pénis com melão e a seguir com saliva; roço-os um no outro e dou a provar à Ângela que só diz:
- Ummm, me gusta… - e ela trata de aviar os dois, com imenso apetite. Eu também dou uma mãozinha, claro. Nesta altura, retiramos as vendas, demoramos algum tempo a habituarmo-nos à claridade. Estamos porcos e ofegantes, na plenitude da nossa animalidade.

continua aqui no próximo sábado

6 comentários:

Anónimo disse...

perfeita salada de frutas :)
beijos
toque

carpe vitam! disse...

as experiências culinárias continuarão...

Anónimo disse...

gostei imenso desta descrição de sabores, texturas, e tudo na plenitude da animalidade...adorava poder adicionar algo mais...talvez o lado selvagem do animal...bjs
jmsa95@hotmail.com

carpe vitam! disse...

o lado selvagem do animal não é fácil de vir à superfície polida e civilizada do ser humano. e quando vem, nem sempre acontece como a melhor das consequências. no entanto, a história não termina aqui e continuam reservadas algumas surpresas. mas podes sempre tentar adicionar algo melhor... fica o desafio.

Anónimo disse...

adicionar algo mais sim !vou aceitar o desafio ! se melhor ? fica ao criterio de quem usufrui...
por norma é mais facil escrever depois de acontecer. o momento faz acontecer pelo fluir e a tesão da ocasião e nunca há duas iguais...mas vou tentar descrever ao que se sente..
jmsa95@hotmail.com

carpe vitam! disse...

fico ansiosamente à espera...