sexta-feira, 19 de julho de 2013

swingin' (in the rain) parte 29

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Após um jantar bem regado e animado na casa dos Duques, lá seguimos. O ambiente e tudo o que se passou a seguir parecia típico de um sonho da Yin, ligeiramente absurdo e altamente improvável. Mas ainda assim, aconteceu.
O espaço estava vazio quando chegámos, mais staff que clientes, mas éramos seis e não precisávamos de mais ninguém para fazer a festa. Ficámos lá em cima, ao pé da lareira, não sem antes lhes mostrar o espaço. Concordaram connosco, é um sítio simpático, tem uma certa ruralidade, um arzinho de casa de campo tranquila que nos agrada bastante, apesar de tudo o que de intranquilo que acontece lá dentro. E divertimo-nos como costumamos fazer em casa, até nos chamarem lá para baixo para a pista para nos oferecerem um shot. Como éramos poucos, queriam juntar o pessoal todo num espaço e lá fomos. A pista vazia tem outro aspeto, não deixa de ser convidativa, mais espaçosa.
O Camaleão mostrava a sua indignação perante a forma como clientes e empregados se relacionavam, não lhe parecia muito profissional deixar os clientes entrar na zona do bar para se servirem. Explicámos-lhe que aquilo é uma espécie de private party em que as pessoas convidadas contribuem para as despesas, não é o mesmo conceito de um bar ou um negócio normal.
No bar, encontrámos o casal conterrâneo do costume e apresentámos os nossos amigos. Fizemos notar que um dos casais era o que estava connosco na noite em que eles não chegaram a encontrar-nos. O discurso mudou em relação à primeira explicação para o que teria acontecido. Desta vez não era por causa de terem encontrado outros amigos, era por estarmos acompanhados. A Yin, à beira de lhe saltar a tampa, comentou que o casal com quem nós estávamos poderia ser mais interessante que nós e que assim tinham perdido de uma só vez, a oportunidade de conhecer quatro pessoas. Ele contra-argumentou dizendo que o que estava planeado era conhecer-nos só a nós, e se isso não iria acontecer, preferiam combinar noutra altura. A explicação não convenceu a Yin, que resolveu juntar-se aos outros enquanto o Yang ainda continuou mais um pouco à conversa. No fim, o outro já tinha dado a entender mas desta vez fez questão de deixar bem claro, de uma forma civilizada, que por ele estava tudo bem, até simpatizava connosco, mas a sua mulher não tinha qualquer interesse no Yang. Temos pena. Esqueceram-se foi de contabilizar a nossa vontade. Mas claro que basta um não querer. E neste caso, até são três.


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