terça-feira, 12 de novembro de 2013

swingin' (in the rain) parte 45

continuação daqui | início

Na continuação das nossas férias, fomos descansar para paragens mais a Sul, e uns dias antes de virmos embora, estávamos descansadinhos na praia quando o Yang comenta com a Yin "Aqueles não são os Carpe Diem?" (não confundir com carpe vitam!, personagem deste blog). Já tínhamos falado deles aqui, achámos curioso o nick e metemo-nos com eles num site, depois encontrámo-nos na inauguração de um clube e na passagem de ano. Ela olha discretamente, sem ter certeza. Era uma praia naturista, e sem roupa era mais difícil de os reconhecer. Quando fomos ao banho, eles vieram logo de seguida e quando a Yin ouviu a Carpe falar, teve a sua certeza e abordou-a. Eles realmente já nos tinham dito que costumavam ir para ali, mas foi uma coincidência engraçada. Só estariam ali naquele dia, pois tinham de regressar a casa, pelo que tratámos de aproveitar a sua companhia. Para o Yang, foi tirar a barriga de misérias de conversa, porque a Yin na praia não é muito de conversar, prefere dormir, ler, nadar ou jogar raquetas. Também gosta de caminhar, mas a praia era demasiado pequena para tal, só o conseguindo fazer nas arribas. E que belas arribas têm aquelas praias! Gostamos muito daquela prainha, tem um ambiente familiar muito heterogéneo, encontramos desde a avó ao neto, passando pelos casalinhos gay. Inclusivamente adolescentes sem pudores, que é uma coisa rara de se ver em praias naturistas. Maminhas firmes, pilinhas por estrear (ou não) são sempre um regalo para a vista e ver não é crime.

A Carpe perguntou à Yin se ela gosta de ler. Isso normalmente costuma ser o início de uma boa conversa. Falaram do que leram, do que estavam a ler, do que viria a seguir e a conversa foi fluindo. A Carpe revelou-se muito boa observadora e comentava que um jovem que por ali estava era single. Fez-nos reparar o estado em que o sexo dele ficou ao ver um casal de namorados pôr creme um no outro. A Yin comentou também sobre outro homem sozinho que costumava jogar raquetas por ali. Demorou-se a descrever pormenorizadamente a forma como o suor lhe escorria no corpo moreno, e como o lhe fazia refletir os abdominais transpirados bem definidos. Aquele homem andou a povoar-lhe os sonhos durante uns tempos. Foram novamente ao banho, apesar da conversa ser agradável, a água estava muito tentadora. É muito bom nadar sem roupa, extremamente libertador. A Yin foi jogar raquetas com o Yang. Ela é muito mais entusiasta da coisa que ele, não quer dizer que jogue grande coisa, mas pelo menos esforça-se e diverte-se. O Yang perguntou ao Diem se queria jogar com ela e ele não se fez rogado. Ele também é dos que se esforçam. É bastante ágil e consegue rodopiar no ar, denotando a sua formação. As raquetas são apenas uma desculpa para transpirar e ir ao banho. Raquetar na praia, sem roupa, transpirar e mergulhar é daqueles rituais que cumprimos sempre que possível.
Ficámos na praia até ao pôr do sol, a trocar cromos. Antes de seguir viagem ainda jantaram connosco numa pizzaria bastante agradável, com uma sangria de champanhe e morangos memorável. Dividimos a conta e a Yin ficou com a fatura. Mais tarde, quando olhou para ela, reparou que não era a nossa conta, mas outra bem mais... em conta, mas nenhum de nós deu por isso na altura.

De regresso a casa, depois de uma viagem que nos encheu de sol, voltaríamos a estar com eles numa outra praia onde o nudismo é legal. O ambiente é diferente da outra, muito mais casalinhos gay com trabalho de ginásio, muito menos famílias. Já lá tínhamos estado o ano passado com os Curiosos F e M a assistir ao pôr do sol no barzinho boa onda e fizemos o mesmo com os Carpe Diem.
Ficámos com uma imagem melhor deles, vimos as pessoas para além dos swingers. Eles têm uma atitude diferente da nossa, que poderá ser intimidante à partida, mas que depois de se aprofundar um pouco apercebemo-nos que é apenas uma estratégia. Apreciámos a frontalidade, descobrimos uma série de coisas em comum e começámos a planear uma jantarada lá em casa.


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