quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Swingin' (in the rain): venusa

continuação daqui | início

Temos uma amiga que foi colega de escola da Yin com quem temos abertura 
suficiente para falar das nossas andanças. Ela mostrou curiosidade e tinha um 
amante com quem queria ir. Nós optamos por não nos envolver com pessoas 
com relações com terceiros (claro que corremos sempre o risco de nos mentirem 
ou omitirem, como foi o caso do Cientista, mas regra geral, as pessoas são 
sinceras nesta matéria) mas tentamos não julgar as pessoas e as suas 
circunstâncias. A primeira vez que ela nos apresentou o Amante foi num 
almoço na nossa casa, onde juntámos vários amigos. Ela estava bastante acesa, 
e foi ver os brinquedos sexuais que temos no quarto. O Yang ficou lá com eles e 
a Yin foi dar atenção às outras visitas. Pouco depois, chamaram a Yin. E o que 
ela viu deixou-a num ataque de riso: o Yang de pingalim na mão, visivelmente 
excitado, a pingalinar o rabo na Amante, que se tinha despido entretanto. 
O Yang ordenou-lhe que chupasse o Amante e nem ela nem ele se fizeram 
rogados. 
A Yin não se conseguia excitar com aquilo, afinal de contas, era a sua colega de 
turma, que conhecia há quase duas décadas, só lhe dava para rir. Entretanto 
achou melhor voltar lá fora. Apenas o membro masculino da Dupla de Peso 
lá estava, os restantes tinham ido passear. A Yin não sabia o que fazer com ele, 
voltou lá dentro com uma desculpa esfarrapada e perguntou se poderia incluí-lo. 
Os Amantes hesitaram e ela voltou lá fora. Conseguia-se ouvir o som 
constrangedor das pingalinadas, a Yin tentava disfarçar, mas nunca foi boa nisso. 
Entretanto chegou o resto do pessoal e a coisa lá dentro acalmou. Mais tarde 
haveríamos de contar aos outros o que se estava a passar e pedir desculpas pela 
nossa falta de tacto para lidar com estas situações.


Os Amantes registaram-se nos sites da especialidade, começaram a frequentar 
um clube numa vila próxima e convidaram-nos para lá ir. Aceitámos o convite no 
finalzinho do verão. Constatámos que o porteiro e um single que costumava 
frequentar o nosso clube extinto favorito se tinham mudado para ali. Os singles 
são sempre bem-vindos, mas nesta noite não vimos muitos. O espaço é de uma 
atriz porno e seu marido. Por fora é um local insuspeito, parece uma singela 
capela. Na verdade já foi um lagar, um restaurante e um espaço noturno 
“normal”, antes de ser transformado em antro de pecado. Gostámos do local, 
exceto a parte dos quartos improvisados na zona dos lagares. A mezanine com 
vista para o ecrã onde são projetados em loop os filmes da Dona está muito bem 
aproveitada, com uma cama comunitária no centro e várias mesas com poltronas 
à volta. Contaram-nos que por vezes a dona sá uns shows de sexo a fazer 
lembrar os velhos tempos. Não vimos nada disso. Era uma sexta-feira e estava 
pouca gente. Nos filmes ela aparecia a fazer sexo com toda a espécie de 
intervenientes e o marido sempre a observar e a esgalhar o pessegueiro.
Eles foram muito simpáticos connosco, estivémos algum tempo lá em cima a 
conversar com a Dona e os nossos amigos, mas não nos identificámos muito 
com o local. Não colocamos de parte a ideia de lá voltar, mas não fazemos 
muita questão, apesar de os Amantes nos convidarem para lá ir com alguma 
regularidade.
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